O agronegócio está cada vez mais digital. Já é possível, por meio de novos maquinários ou tecnologias de rastreamento, ter ideia de como será a colheita, a quantidade de material (como defensivos agrícolas) que serão utilizados em cada plantação e outros processos importantes para os produtores agrícolas. 

O desenvolvimento tecnológico do agro vai muito mais além e não fica somente na parte da produção. O comércio eletrônico do mercado agropecuário está em franco crescimento e recebendo grandes aportes. 

No último ano, segundo o Agri-FoodTech Funding Report 2021, somando empresas tradicionais e startups, o setor investiu US$1,1 bilhão em marketplaces de insumos.  

Inovação no mercado on-line e agrícola 

Isso quer dizer que a tendência de crescimento para o marketplace agrícola é uma realidade e não deve ser ignorada pelos produtores ou comerciantes de produtos para o campo. Hoje já é possível encontrar caminhos virtuais para diversos processos da agricultura, como: 

• Venda de seguros agrícolas ou financiamentos de compras por meio de marketplace 
• Comercialização de commodities agrícolas por marketplace 
• Plataformas digitais para vendas ou aluguel de maquinários 
• Plataformas para negociar vendas de produtos ou insumos 

Esses quatro exemplos citados mostram como o mercado online pode estar presente em, praticamente, todas as etapas do processo agrícola e facilitar o dia a dia da produção e não somente quando pensamos na parte de produção ou utilização de produtos. 

Mesmo diante de todos esses movimentos de digitalização e evolução do agronegócio os clientes desse segmento não abrem mão do relacionamento one a one. 

Alguns desafios encontrados com a digitalização é os meios de pagamento e linhas de crédito uma vez que muitos produtos possuem um ticket médio mais alto do que os produtos tradicionais comercializados hoje no e-commerce tradicionalmente. 

Processo de vendas on-line e posicionamento de marca 

Em 2020, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com apoio do Ministério da Agricultura, disponibilizou a plataforma Mercado CNA, que tem, como objetivo, aproximar produtores rurais e consumidores. 

Essa gestão de vendas digitais no agro é importante quando observamos o crescimento do e-commerce no Brasil.  De acordo com a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o país é o maior mercado varejista online da América Latina e, segundo estudo da IDC, 88% dos brasileiros compram online. 

Foco no consumidor final e qual o seu papel 

Mediante a transformação digital que o agro vem passando olhar para a necessidade do cliente é o ponto fundamental os produtores precisam ser atendidos de forma rápida e prática para que o consumidor final, principalmente quando falamos da cadeia de FLV (frutas, legumes e verduras), possam receber os itens com qualidade e agilidade.  Por isso, é preciso sempre pensar em todos os processos e cuidados, não somente na colheita ou nos passos seguintes ainda dentro da área rural. 

Ao olharmos o comércio digital, temos diversos processos tão fundamentais quanto o início, que é o gerenciamento de estoque, a escolha dos fornecedores e de todo o processo de logística até o consumidor final receber. 

Por isso, seu foco sempre deve ser o consumidor final. Afinal, é ele que pode recomendar os seus produtos para outros. Um exemplo para esse momento são frutas que necessitam de maiores cuidados durante o manuseamento. Imagina se você faz a colheita com todo cuidado, mas, pensando em economizar, compra uma proteção de espuma fraca para envolver o alimento e contrata um sistema de entrega que não toma todos os cuidados necessários. Como essa fruta chegará ao destino para consumo? Com muita sorte estará em perfeito estado. Mas a tendência não é essa. 

Já sabemos da dificuldade logística em um país de dimensão de continente como é o Brasil de acordo com a Fundação Dom Cabral, 75% de todos os produtos transportados no país são feitos através de rodovias. Além do maior tempo de entrega e desafios climáticos, o transporte rodoviário sofre com os problemas das próprias rodovias. De acordo com a CNT, que avaliou 109.103m de estrada, 61,8% apresentam problemas. 

Quando abordamos o movimento de digitalização para o segmento agro, isso não é diferente, pois os produtos que viagem melhor são itens de melhor dimensão que podem ser transportados via correios, peças e produtos agro possuem dimensões maiores prazos mais apertados de entrega por exemplo com a colheitadeira parada alguns dia por falta de peça pode acarretar um prejuízo de algumas centenas de milhares de reais. 

O armazenamento também é outra dificuldade que o setor encontra. A Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) recomenda que um país consiga armazenar 1,2 vez maior que a produção anual. Mas, na safra de 2020/21, foram colhidas 264,8 milhões de toneladas e a capacidade era de 171 milhões. 

Esses dois desafios se juntam com outros tantos, como o desperdício durante a logística (da colheita até o consumidor final), custo elevado de produção e a distância, como exemplos, até aeroportos e portos. 

Complexidades de uma venda técnica e quais estratégias utilizadas para engajamento da rede de revendedores 

O segmento agronegócio possuem grande complexidade, pois contam com diversas etapas, processos e passam por fornecedores (além de, muitas vezes, percorrer centenas de quilômetros). 

Por isso é fundamental entender, antes de mais nada, a necessidade do seu cliente com uma correta abordagem para garantir a satisfação e a fidelização daquele cliente. 

Se você possui revendedores, é preciso engajar essa rede para garantir o sucesso das vendas, seja por meio de bonificação ou reconhecimento. 

Venda On-line e Off-line 

A venda offline no agro já é tradicional, já o ambiente digital está crescendo no mundo do agronegócio. Hoje a ponta da cadeia já possui diversas plataformas e mercados virtuais, que entregam para o cliente todos os produtos FLV necessários para o preparo e consumo. 

Agora para a outra ponta da cadeia referente a compra de insumos e equipamentos é algo que ainda precisa ser muito desenvolvida por todos os desafios que abordamos anteriormente a tendência de compras digitais é algo que deve ser considerado e fazer parte da estratégia de toda a empresa. 

Nesse momento, contar com parceiros é fundamental para criar a correta estratégia, entender o público e como garantir a satisfação do empresário e do cliente. 

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